PAULO COELHO PIRATEIA LIVROS : É CRIME

O escritor brasileiro Paulo Coelho, de acordo com informações veículadas, no início deste ano, no jornal do portal IG (www.ig.com), do Internet Group do Brasil, criou um site exclusivo para viabilizar a cópia-pirata dos seus livros. O argumento do escritor, simplista e extremamente perigoso, afronta o mais elementar princípio de direito autoral. Ele afirma que não só mais pessoas lêem os seus livros como também mais exemplares são vendidos. E arremata com este raciocínio irresponsável : a guerra pela preservação dos direitos autorais "é uma causa perdida".

O escritor não defende (como deveria) a sua obra e desrespeita abertamente todo o trabalho editorial que é realizado com o que ele produz, praticando, na verdade, um declarado crime. Deveria mesmo ser processado pelos seus editores.

Os problemas causados na Internet a autores, editores, produtores culturais da literatura, da música e do cinema, devem ser enfrentados para uma solução que não prejudique, ainda mais, a sobrevivência da própria criação literária e artística. No caso de Paulo Coelho, por exemplo, fica claro que ele, como qualquer outro escritor, tem o direito, sim, de disponibilizar, em sites e blogs, os seus textos "inéditos", ou até mesmo trechos de um ou outro livro publicado; disponbilizar o livro, permitir que versões integrais de suas obras publicadas sejam "baixadas", "copiadas", "pirateadas", é um crime sem tamanho que atenta, em primeiro lugar, contra o trabalho produzido pelo editor e também contra os direitos do próprio autor. Isso é supermodernidade ou é burrice ?

No capítulo da pirataria de livros, a história tem outros ingredientes e desdobramentos, além dessa perigosa relação criada atualmente com a Internet. E por que, tudo isso que é oferecido "gratuitamente" aos internautas, resulta em altas cifras de milhões de dólares para os sites e provedores, a exemplo do Google e dos Yahoos da vida, e não se paga nada a quem é autor de um texto literário, de uma canção, de um filme ?

JUAREIZ CORREYA.

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