NO CAMINHO, COM EDUARDO ALVES DA COSTA

"O poeta fluminense Eduardo Alves da Costa, em 1964, escreveu um poema que equivocadamente tem sido atribuída sua autoria ao poeta russo Wladimir Maiakovski. A poesia diz que na primeira noite eles se aproximam / roubam uma flor do nosso jardim / e não dizemos nada. / Na segunda noite, / já não se escondem : / pisam nas flores, / matam nosso cão / e não dizemos nada. / Até que um dia / o mais frágil deles / entra sozinho em nossa casa / rouba-nos a luz, / e, conhecendo o nosso medo / arranca-nos a voz da garganta / e já não podemos dizer mais nada.
Esta poesia pode ser comparada ao grito sufocado de centenas de cidadãos e cidadãs de cinco municípios do Estado do Mato Grosso do Sul, que foram impactados pelas águas da hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta (ex-Porto Primavera), construída pela Companhia Energética de São Paulo - CESP...

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A sala vai ficando vazia. Com licença poética a Juareiz Correya, pode-se dizer que os ex-ribeirinhos impactados pela CESP continuam "no caminho" , posicionando-se firmes contra a privatização da empresa."


Os trechos transcritos são do artigo "No caminho, com a CESP", de Carlito Dutra, publicado no site www.webartigos.com em fevereiro deste ano. O autor, que é vereador do PV em Brasilândia (Mato Grosso do Sul) e presidente do Instituto Cisalpina, cita o poema "No caminho, com Maiakovski" e faz referência ao artigo "O poema que Maiakovski não escreveu", que publiquei na Revista CONTINENTE (CEPE, Recife, janeiro / 2008). Esse meu artigo foi republicado, por generosidade dos seus redatores, nos blogs JotaMatias.com (jotamatias.wordpress.com) e Glossolalia (glossolalias.blogspot.com).

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