A palavra crítica de um poeta : CEPE publica "Marco Zero", de Alberto da Cunha Melo

Textos selecionados da produção crítica do poeta, jornalista e sociólogo Alberto da Cunha Melo, publicados na Revista Continente, da Companhia Editora de Pernambuco - CEPE, estão reunidos no livro Marco Zero - denominação da coluna assinada pelo poeta na revista cultural pernambucana - que será lançado no próximo domingo, dia 23, às 16 horas, no estande da CEPE instalado na "Festa do Livro" do 7o. Festival Recifense de Literatura - A Letra e a Voz.
Alberto da Cunha Melo assinou a coluna desde o número zero da Revista Continente, lançada em dezembro/2000, e colaborou com a publicação até outubro / 2007, quando faleceu no Recife. A publicação póstuma da Companhia Editora de Pernambuco - CEPE / Secretaria da Casa Civil / Governo de Pernambuco homenageia, neste ano, o 67o. aniversário de nascimento do poeta, em Jaboatão dos Guararapes (PE), e o 43o. ano de edição do seu primeiro livro de poesia ( Círculo Cósmico, Editora Universitária / UFPE, Recife, 1966).


POETA FUNDAMENTAL DA SUA GERAÇÃO
Autor de 14 livros de poesia publicados, da década de 1960 até esta primeira década do século 21, no Recife, Rio de Janeiro, Natal e São Paulo, Alberto da Cunha Melo é considerado um autor fundamental da chamada Geração 65 de escritores pernambucanos e da literatura nordestina na segunda metade do século 20.
"Uma característica intransferível do nosso autor é justamente a inseparabilidade, na escrita como na vida, de uma linha de pensamento que, informando sua poesia, fatalmente haveria de também informar sua prosa, notadamente num tipo de crônica que, em lugar de borboletear sobre as informações, os fatos e os acontecimentos, costuma antes aferrar suas raízes num solo em que o debate das idéias em nenhum momento se acha desacompanhado do jogo sério da poesia", afirma o poeta e professor Ângelo Monteiro, seu companheiro de geração, na apresentação do livro.
As crônicas do poeta e jornalista Alberto da Cunha Melo, publicadas no livro Marco Zero, refletem a agudeza crítica de um homem comprometido com as causas culturais do nosso tempo, em defesa dos produtores e da produção cultural nordestina e brasileira, sobretudo dos escritores, do livro e da "antimercadoria que é a poesia", como ele definia a sua principal criação artística.

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