RUA DO IMPERADOR, RECIFE
Rua onde hoje impera a dor
de maltrapilhos excluídos trapos humanos
da miséria urbana socializada como um câncer em flor
da sub-raça inumerável como uma chaga aberta
exposta purulência identificando o nome da cidade
corpo de vísceras podres e coração impotente
sangrando à luz do dia
manchando a luz do dia
morrendo todos os dias
............................................................
ILHA DE SANTO ANTONIO
Em tempos de guerra
Ascenso viu o bairro de São José
invadido por panzer divisões
destruindo edificações
desfigurando o Recife e sua história.
Nestes dias de paz insegura
da aurora do novo século,
também palmarino como o poeta
- com os meus olhos acesos de espanto -
vejo, sem liberdade e sem nação,
a desordem o regresso o desgoverno
drogando e suicidando
a ilha inteira do bairro de Santo Antonio,
o centro inútil do Recife,
a capital perdida de Pernambuco.
Rua onde hoje impera a dor
de maltrapilhos excluídos trapos humanos
da miséria urbana socializada como um câncer em flor
da sub-raça inumerável como uma chaga aberta
exposta purulência identificando o nome da cidade
corpo de vísceras podres e coração impotente
sangrando à luz do dia
manchando a luz do dia
morrendo todos os dias
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ILHA DE SANTO ANTONIO
Em tempos de guerra
Ascenso viu o bairro de São José
invadido por panzer divisões
destruindo edificações
desfigurando o Recife e sua história.
Nestes dias de paz insegura
da aurora do novo século,
também palmarino como o poeta
- com os meus olhos acesos de espanto -
vejo, sem liberdade e sem nação,
a desordem o regresso o desgoverno
drogando e suicidando
a ilha inteira do bairro de Santo Antonio,
o centro inútil do Recife,
a capital perdida de Pernambuco.
JUAREIZ CORREYA
(do livro inédito POEMAS DO NOVO SÉCULO)
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