Poema de Olavo Bilac, plagiado, fica em 35.o lugar em concurso de Jundiaí (SP)




"Armas, num galho de árvore, o alçapão
E, em breve, uma avezinha descuidada,
Batendo as asas cai na escravidão.
Dás-lhe então, por esplêndida morada,
Gaiola dourada;


Dás alpiste, e água fresca, e ovos e tudo.
Por que é que, tendo tudo, há de ficar
O pássaro mudo,
Arrepiado e triste sem cantar ?
É que, criança, os pássaros não falam...
Só gorjeando a sua dor exalam,
Sem que os homens os possam entender;
Se os pássaros falassem,
Talvez os teus ouvidos escutassem
Este cativo pássaro dizer :


Não quero o teu alpiste !
Gosto mais do alimento que procuro
Na mata livre em que voar me viste..."

(O PÁSSARO CATIVO, fragmento)




"O Pássaro Cativo", conhecido poema de Olavo Bilac, membro fundador da Academia Brasileira de Letras, obteve a 35a. colocação no Concurso de Poesia realizado pela Associação Preservação da Memória da Companhia Paulista, de Jundiaí (SP).
O poema foi enviado por um dos participantes que, assinou com pseudônimo, como exigia o regulamento. Após a classificação de 50 poemas e publicação em revista, a falha da organização foi percebida. "A primeira edição do concurso foi decepcionante. Ficamos frustrados e não vamos mais realizar uma próxima edição no ano que vem em função do que ocorreu", lamenta o presidente da Associação, Eusébio Pereira dos Santos.


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A informação acima, transcrita de um e-mail, sobre essa "classificação" do texto de autoria de Olavo Bilac, apresentado por um concorrente desonesto, é da poetisa Delasniev Daspet, Embaixadora para o Brasil do Movimento Poetas del Mundo (http://www.poetasdelmundo.com)
O episódio é lamentável e se sabe que não é único : textos de outros poetas de projeção, como é o caso de Vinicius de Moraes, citado por membros da comissão julgadora do concurso de Jundiaí, são também usados por "poetas desonestos" ou pessoas que não escrevem nada e têm apenas a intenção de esculhambar e desacreditar os concursos literários.

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