POETAS CONTRA A SECA, de José Ramos Sobrinho





A toda hora, milhões de moscas comem porcaria :
não faço o mesmo.
Apago a TV-lixo, abro um livro,
cuido das árvores, 
protejo os animais,
cuido dos rios, açudes, 
cidades, estradas, praças, ruas...


Trato a Terra com respeito,
pois é Nosso Lar,
replanto as árvores que ajudo
a destruir com meu consumismo insensato,



trato os seres humanos como espíritos,
os animais como gente. 



(Pensemos nestas coisas, rápido,
a Vida tem pressa, 
pois ninguém fabrica Água 
e 2013 poderá ser muito pior)



(Olinda, 31 / outubro / 2012)

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Email do poeta, contista e sociólogo pernambucano José Ramos Sobrinho :
"Novamente a grande estiagem prolongada : a seca. Há 40 anos houve uma 
muito cruel, só que esta é mais devastadora. Seis municípios da zona da mata 
já estão em plena miséria : os usineiros fizeram sua parte, destruindo as
reservas, as matas ciliares, os rios, os gravetos, os animais... E querem dinheiro 
a fundo perdido para recompor as suas rendas. No agreste e sertão
a mentalidade é a mesma, do grande proprietário ao médio e pequeno, este,
coitado... Mando-lhe um  texto como sugestão do nosso Grito de Alerta,
protesto, sugestões, participação. Devemos mandá-lo aos quatros ventos
da Terra, Planeta Azul. "


 

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