CINEMA NO HOSPITAL, de Ramos Sobrinho




          Para Isabela Cribari



Cada poeta carrega,
às costas,
suas pedras, 
mesmo se traz as mãos limpas
e a alma leve,
e com elas constrói
suas barricadas contra a dor :
a cela escura a céu aberto 
- às vezes 
tão ficticiamente verdadeira.  


Que pode a arte 
ante a ferocidade destas horas, 


quando a calmaria 
antecede a tempestade ?



(Olinda, 2012)



Comentários

Unknown disse…
Conheci o Ramos em 1982, quando visitou Manaus a convite de meu tio Félix. ..logo percebi sua sensibilidade e anseios pela melhoria de vida das pessoas e luta pelas causas e mazelas sociais desse Brasil e particularmente pelo Recife/Olinda. É meu amigo...Já se passaram longos anos e nada de politicas publicas sérias para o nosso povo sofrido de Norte ao Sul! Que pena!!! As coisas somente funcionam quando a sociedade civil se organiza....Vamos la! Não desistiremos nunca!!