O segundo encontro
com Hermilo Borba Filho
se deu em sonho
e eu estava em suas terras
numa luta aguerrida
contra os donos do poder.
O primeiro me levou
o grande Adão Pinheiro
de sua casa em São Paulo,
em mil novecentos e sessenta e seis.
Conversamos a noite inteira,
mais sobre coisas que ele me contava,
trazendo a renda de cristal
da sua bela memória.
Fundamos uma amizade
que amanhece hoje comigo
e o grande Hermilo
entra no meu poema,
onde é canção e tema,
orgulho de quanto
está tão vivo no presente,
onde brilha sua estrela
neste descampado da pampa,
com seu cavalo ao lado
vamos para o fim do mundo
em sua nova estampa.
(Porto Alegre, RS, 01 de agosto de 2014)
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Do livro inédito RUMOS DO FIM DO MUNDO,
de Luiz de Miranda.
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