ASCENSO, PALMARES, O MODERNISMO BRASILEIRO E O RECIFE

 




POEMAS DE ASCENSO FERREIRA 

( Capa / 

Edição em homenagem ao centenário do poeta) 

- Nordestal Editora, Recife - PE, 1995 



          Neste mês de maio/2022 - ano do 127o. aniversário de nascimento do poeta Ascenso Ferreira (Palmares, PE) e do Centenário da Semana de Arte Moderna (São Paulo - SP, fevereiro 1922) - a cidade natal do poeta, considerado por Mário de Andrade "um dos poetas mais originais do Modernismo Brasileiro", e o Recife, lembraram, desta forma, os dois aniversários:  

         Palmares promoveu atividades distintas, com palestras e recitais, por iniciativa da Academia Palmarense de Letras -  APLE, presidida pelo escritor Adriano de Souza Sales; e, na "Semana de Ascensão Cultural", apresentamos uma palestra, sobre o poeta e as reedições dos seus livros, sequenciada por um recital de poemas de Ascenso interpretados por estudantes de várias Escolas de Ensino Médio. Trata-se de um projeto muito promissor realizado pela GRE - MATA SUL - Gerência Regional de Educação, da Secretaria de Educação e Esportes / Governo do Estado de Pernambuco.  E o Recife, a capital pernambucana, naturalmente a capital cultural do Estado, NÃO LEMBROU NADA. 


          Como é que o Recife, com as suas secretarias de cultura, as suas academias de letras, as suas universidades,  as suas fundações culturais, não dá a menor importância ao aniversário do poeta que invadiu o  Modernismo Brasileiro com a sua originalidade, com o Recife e a telúrica poesia do Nordeste?  O Recife está presente em tudo o que Ascenso criou, registrado com a marca autoral dos seus poemas e livros publicados desde a década de 1920...  É inacreditável que, hoje, no ano das comemorações do centenário do  Modernismo, o aniversário do poeta Ascenso não tenha valor nenhum no Recife, numa demonstração de que a cidade ignora a importância do poeta na história desse movimento cultural.  E o que é pior: ignora a importância do próprio Modernismo Brasileiro.    

          



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Comentários

Sandra Paro disse…
bem disse você, poeta caríssimo: "no Recife se morre mais de uma vez: antes do encantamento, depois que o sujeito parte e no tempo da lembrança"... mais uma vez se constata isso....