Julho 2023: Mês do 106o. Aniversário de Nascimento do Escritor Hermilo Borba Filho (4)

 



E DO 40o. ANIVERSÁRIO DA "FUNDAÇÃO CASA DA CULTURA

HERMILO BORBA FILHO"   


Apresentação do projeto (página 4) 

da FCCHBF  / Livreto institucional 

(Palmares, 1984)  


A FUNDAÇÃO CASA DA CULTURA HERMILO BORBA FILHO, criada em Palmares, é uma homenagem desta cidade, em memória do escritor Hermilo Borba Filho, nascido no Engenho Verde, território do Município, no dia 8 de julho de 1917, e falecido no Recife em 1976. 

Mais do que qualquer outro intelectual e artista criador natural de Palmares, Hermilo Borba Filho, em sua extensa obra, dimensionou e perpetuou Palmares, criando em contos e romances, publicados no Brasil e no Exterior, um retrato inusitado e mágico do Nordeste e do homem de sua terra, tudo vivendo pelo universo inteiro de uma única cidade - Palmares. Em todos os seus livros escritos, Hermilo Borba Filho criou, recriou, inventou, dimensionou e redimensionou o Homem - a partir de Palmares, em um mundo mítico, que, em lugar de se exaurir, de se esgotar, renasceu para a eternidade em cada nova história. Os seus romances - OS CAMINHOS DA SOLIDÃO, SOL DAS ALMAS -, e a espinha dorsal de sua tetralogia  "Um Cavalheiro da Segunda Decadência" (MARGEM DAS LEMBRANÇAS, A PORTEIRA DO MUNDO, O CAVALO DA NOITE, DEUS NO PASTO) são Palmares inteira e viva; a sua trilogia de contos é só Palmares: O GENERAL ESTÁ PINTANDO, SETE DIAS A CAVALO e AS MENINAS DO SOBRADO; e também a sua novela OS AMBULANTES DE DEUS, publicada postumamente, que é Palmares da primeira à última página.  Na verdade, a sua obra cumpria - ao se realizar artisticamente - o que ele confessou sem medo: "...verifico, ao mesmo tempo, com uma grande alegria e com uma grande dor, que Palmares é a minha marca para toda a vida." Mais do que isso, Palmares foi o sangue vital de tudo o que o seu coração humano criou. E está, por isso, perpetuada em sua criação. 

A homenagem da cidade, ao instituir a FUNDAÇÃO CASA DA CULTURA HERMILO BORBA FILHO, não é só justa, mas necessária. Mesmo póstuma, esta homenagem prova que nunca é tarde para se fazer justiça e promove, evidentemente, a certeza de que os verdadeiros valores culturais - a exemplo deste artista que soube ser com dignidade um homem do seu tempo - não morrem, permanecendo para sempre lembrados.


Juhareiz Correya








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